terça-feira, 26 de abril de 2011

CARTA SOBRE O HUMANISMO – 1947
Über den Humanismus
Como resposta a uma das cartas de Jean Beaufret que particularmente indagava: “Como voltar  a dar um sentido à palavra humanismo?”  Heidegger redige a “Carta sobre o Humanismo”, em 1945, na qual se revolta dos seus anteriores humanismos que definiam o homem como animal rational  enquanto, para Heidegger, tais humanismos não passam de uma interpretação metafísica muito influente na História desde a antiga Roma (Cfr. HUISMAN, D., 2001:  47). A dignidade peculiar do homem não consiste essencialmente no facto de possuir a “racionalidade”, todavia, simplesmente, no facto da sua “ek-sistência”: o facto de se manter na abertura do ser (Ibidem: 47).
O homem é o que goza da prerrogativa de estar aberto ao ser, isto é, o Dasein, graças ao qual os outros entes podem aceder ao Ser. É somente no homem que o Ser se manifesta e que por isso o homem é “pastor do  Ser”[1]. Muitas vezes, na Carta sobre o Humanismo o próprio autor faz menção a sua magestral obra inacabada “Ser e Tempo (1927)”. Porque não é ente, o Ser, embora se dê no nome, dá-se e simultaneamente recusa-se. Então deve o homem descobrir a verdade do Ser que o chama à salvaguarda da sua verdade (Ibidem: 48).
Heidegger embora se contrarie aos humanismos precedentes, em vez nenhuma tem a intenção ou glorifique o inumano. Trata-se tão somente de um humanismo que, diferentemente dos anteriores, pensa o homem na sua proximidade com o Ser (Cfr. Ibidem: 48).
Como essa magna carta Heidegger corrigia então os mal-entendidos devido à descoberta das suas obras.
A Carta Sobre o Humanismo, situa-se na nova fase do pensar filosófico do filósofo Martin Heidegger e foi editada em simultâneo com “A Doutrina da Verdade em Platão” (1947) e faz sentido ler ambas porque se complementam.

O DRAMA DA EXISTÊNCIA NA CARTA SOBRE O HUMANISMO
Para Martin Heidegger o homem é o existente por excelência, o existente que pensa e goza da linguagem, que se serve da linguagem.
«O que todavia, ‘é’, antes de tudo, é o ser. O pensar consuma a relação do ser com a essência do homem. O pensar não produz nem efectua esta relação. Ele epenas a oferece ao ser, como aquilo que a ele próprio foi confiado pelo ser. Esta oferta consiste no facto de, no pensar, o ser ter acesso à linguagem. A linguagem é a casa do ser. Nesta  habitação do ser mora o homem. Os pensadores e os poetas são os guardas desta habitação» (HEIDEGGER, M., 1945: 31).
«O ser é aquilo que ele é (o homem)» (Ibidem: 34 -35).
«A linguagem abandona-se, ao contrário, ao nosso puro querer e à nossa actividade como um instrumento de domínio sobre o ente» (Ibidem: 38).
O homem é o ente mais idóneo para ser interrogado acerca do próprio ser. por que então não afirmar que apenas o homem de entre todos os entes coloca-se a quest~ao aceraca de ser e somente ele preocupa-se de tecer possíveis respostas a respeito!? É graças ao ente que o homem é, ao privilégio que goza em relação aos outros entes que estes partcipam na dimensão de ser, isto é, os demais entes “são participados” no ser pelo próprio homem que, na expressão heideggeriana:
- «O homem é o pastor do Ser» (Ibidem: 66).
- «O homem é a clareira do ser» (HEIDEGGER, M., 1945: 46).
O ente que o homem é, sem dúvida, é pensador, pensa por si e para si. O homem pode pensar o ser e levá-lo  (embora também se deixe escapar) à sua essência. O homem tem a capacidade de pensar o ser.
«... Aquilo a partir do qual o pensar é capaz de ser um pensar... o que propriamente pode: o poder (pensar). Ele assume o pensar e condú-lo, assim, para a sua essência. Dito de maneira simples o pensar é o pensar do ser» ( Ibidem: 34).
- Se encarrega do seu destino, ama-o, o quer.
«O pensar é – isto quer dizer: o ser encarregou-se, dócil ao destino e por ele dispensado da essência do pensar. Encarregar-se de uma ‘coisa’ ou de uma ‘pessoa’ na sua essência significa: amá-las, querê-las.  Este querer significa, quando pensado mais originariamente: dom da essência» (Ibidem: 35).
- O homem pelo querer é capaz de tornar as coisas possíveis.
«O poder do querer é a graça pela qual alguma coisa é propriamente capaz de ser. Este poder é propriamente o possível; aquele possível, cuja essência repousa no querer» (Ibidem: 35).
- O homem é uma mina de possibilidades, que está sendo.
«O ser, como o que pode e quer é o ‘possível’. O ser (...) é a ‘ força tranquila’ de poder, que quer dizer, isto é, do possível» (Ibidem: 35).
- O ser-homem deve ser livre, não submetido à ‘existência privada’, isto é, agir como quer e nunca submeter-se à opinião pública.
«A assim chamada ‘existência privada’ não é, entretanto, ainda o ser-homem essencial e livre. Ela simplesmente crispa-se numa negação de que é público.  Ele permanece o chantão dele dependente e alimenta-se apenas do recuo diante do que é público. Ela atesta, assim, contra a sua própria vontade,a sua subjugação à opinião pública» (HEIDEGGER, M., 1945: 36). 
- É mais do que aquilo que se pode exprimir pela linguagem.
«A linguagem recusa-nos ainda a sua essência: isto é, que ela é a casa da verdade do ser» (Ibidem: 37-38).
- O homem deve interessar-se pela sua humanidade que é a sua essência.
«Para onde se dirige ‘o cuidado’, senão no sentido de reconduzir o homem novamente para a sua essência? Que outra coisa significa isto, a não ser que o homem (homo) se torne humano (humanus)? Deste modo então, contudo a humanitas permanece no coração de tal pensar; pois, humanismo isto é: meditar, e cuidar para que o homem seja humano e não des-humano, inumano, isto é, situado fora da essência. Entretanto em que consiste a humanidade do homem? Ela repousa na sua essência» (Ibidem: 38-39).
- Livre, é o homem que usa da sua liberdade, que encontra na humanitas  a dignidade de ser homem.
«... Por humanismo, se entende de modo geral,  empenho para que o homem se torne livre para a sua humanidade, para nela encontrar a sua dignidade» (Ibidem: 40). 
- O homem é um existente, consciente da sua natureza.
«O estar postado na clareira do ser...no destino da ex-sistência» (Ibidem: 46-47).
- O homem está aberto ao mundo.
«Porque as plantas e os animais estão mergulhados, cada qual no seio do seu ambiente próprio, mas nunca estão inseridos na clareira do ser – e só esta clareira é ‘mundo’...» ( Ibidem: 47)
Segundo o filósofo germânico, Martin Heidegger, a “essência” do homem nada mais é do que a sua própria ex-sistência, “existência” não no sentido da realidade efectiva.
«Aquilo que o homem é, o que na linguagem tradicional da Metafísica se chama a ‘essência’ do homem, reside na sua ex-sistência» ( HEDEGGER, M., 1945: 45).
Também na sua célebre obra Ser e Tempo muitas vezes citada pelo próprio autor na sua Carta sobre o Humanismo (pág. 45), sublina-se: “A essência do ser-aí reside na sua existência”.
Para esclarecer ainda esta frase, Heidegger escreve: “O homem descobre-se assim no seu ser (west) que ele é ‘aí’, isto é, a clareira do ser. Este ‘ser’ do ‘aí’, e somente ele,  possue o traço fundamental da in-sistência ex-stática na verdade do ser. A essência ex-stática do homem reside na sua ex-sistência, que permanece distante da exstência pensada metafisicamente” (Ibidem: 46).
Portanto, fique claro que para Martin Heidegger, aquilo que a metafísica desígna “essência”, a “essência” do homem nesse caso, consiste na sua existência. O hemem, assim sendo é o seu existir e nada mais. O homem é o “Dasein”, por excelência o existente.
O nosso filósofo germânico cita os grandes filósofos seus predecessores e também compatriotas seus, Kant, Hegel e Nietzsche como se percebessem a existência, de algum modo, como  “a realidade efectiva”, aliás já supracitado este conceito. Não obstante o facto dos seres vivos serem como são e também serem próximos do homem, enontram-se contudo separados deste porque este comporta a existência com sua essência. É um ex-sistente. Embora por outros termos o mesmo se pode dizer do divino que diferentemente dos animais é mais próximo do homem, que antes foi pensado como se sua essência fosse a sua racionalidde. O homem está aberto ao “mundo” e também possui a linguagem, ou seja mora na linguagem: “Linguagem é advento iluminador-velador do próprio ser” (Ibidem: 47).
Heidegger critica a afirmação de Sartre segundo a qual “A existência precede a essência”[2] pois esta frase nada é senão a inversão de uma frase metafísica que não supera o facto de ainda permanecer metafísica, estando  contudo aquém da verdade do ser. A isto designa Heidegger, no sentido negativo do termo “Existencialismo” (sartriano), que, para ele diverge da frase da célebre Ser e Tempo: a essência do homem é a existência (HEIDEGGER, M., 1945: 49-50).
Pouco adiante na sua Carta sobre o Humanismo, não declarando falsas as proferidas interpretações humanistas do homem como animal dotado de razão ou como “pessoa”, ou então como ser espiritual-anímico-corporal, contudo, Heidegger reforça que essas – as grandes determinações humanísticas da essência do homem, ignoram sobre maneira  a peculiar dignidade do homem (Cfr. Ibidem: 51-52).
Em Ser e Tempo, o pensar é oposto ao humanismo, não no sentido de que defenda o inumano e a desumandade ou degrade a dignidade do homem, todavia se pensa contra o humanismo porque ele nãao instaura a “humanitas” do homem, o “lugar” onde o ser se manifesta.
O homem pensa e, somente, pensará sempre a partir da ex-sistência. Com isto se pode entender que o homem pensa quando existe e, certamente existe porque pensa, experiementando a realidade humana. “A ex-sistência do homem é, enquanto existência historial, mas não é em primeiro lugar e apenas pelo facto de, no decurso do tempo muitas coisas acontecerem com o homem e as coisas humanas” (Ibidem: 59). Heidegger ressalta a necessidade de se pensar a ex-sistência Dasein, do ser-aí privilegiando “que seja experimentada a historicidade do ser-aí”. Também ressalta, o autor, o lugar privilegiado da ex-sistência, prerrogativa essa, a da ex-sistência, que confere ao homem a capacidade e possibilidade de pensar a verdade do ser a qual Heidegger profetiza que será ainda melhor no futuro.  Disto se pode dizer que sem a ex-sistência o homem singular não é capaz de pensar (a verdade do ser): “Supondo que o homem no futuro, seja capaz de pensar a verdade do ser, então ele pensará a partir da ex-sistência” (Ibidem: 59).
O homem, embora pertença a uma pátria, ele precisa superar a apatridade “na qual eram perdidos, não apenas os homens, mas também a essência do homem” (Ibidem: 62).
Afirma Heidegger: “A apatridade torna-se um destino do mundo. É por isto que se  torna necessário pensar deste destino sob o ponto de vista ontológico-historial” mais ainda: “em face da essencial apatridade do homem, mostra-se ao pensamento, fiel à dimensão ontológico-historial, o destino futuro do homem, no facto de ele achar o caminho para a verdade do ser” (Ibidem: 65).
O autor sublinha o facto de o homem ser histórico daí que o lugar ocupado pela história, a essência ontológico-historial exclusivo ao homem, “clareira do ser”, confere existência ao próprio homem – a “essência historial do homem”. É por isso mesmo que, como se vem dizendo desde antes, “a essência do homem reside na ex-sistência” (HEIDEGGER, M., 1945: 70), esta não se encontra fora da história, mas e essencialmente é inseparável da mesma. Apenas o homem, entre tudo o mais, possui a capacidade e tem a possibilidade de existir, de ter a clarificação de ser, de ser portanto a entificação privilegiada e o carácter exclusivo de gozar da existência.
Os “humanismos” precedentes desde o classicismo ao seu tempo Heidegger se contrapõe aos mesmos, todavia não porque, negando então o «humanismo», defenda o in-humano, o desumano ou a brutalidade; nega a ‘Lógica’, não porque valoriza o a-lógico; se contraria aos ‘valores’, e não é por proclamar a validade tão-somente do que é axiológico, portanto o seu valor; afirma o ‘ser-no-mundo’ do homem, não em contraposição e reprovação do ‘transcendente’, pondo tudo ao nível do possitivismo; algures, usa a expressão do filósofo da vontade, Friedrich Nietzsche, sobre a ‘morte de Deus’  e isto não pode ser tomado sentencionalmente como ateísmo, não se pode rematar como um ‘nihilismo’ a filosofia de Heidegger porque, no que se referiu anteriormente, é contra o que para a Humanidade, é considerado como elevado e sagrado. Heidegger não pretende reduzir tudo isso a nada (Ibidem: 70-72).
“Humanismo”, “lógica”, “valores”, “mundo”, “Deus” são contrapostos. Mas opor-se-lhes não significa que não tenham sua razão de ser, não significa que são sem sentido, sem importância. Aliás estas inferências seriam falsas porque seriam tão saturadas de “Lógica”. Os termos e conceitos a que Heidegger se opõe não implicam tal oposição, que seja mais acertado afirmar o contrário, seria até errado fazê-lo. O que se nega porém é o significado que tais conceitos comportam. Heidegger apresenta sua concepção a respeito dos mesmos negando o  singnificado que tinham anteriormente, pois são fundamentados numa “subjectivação” entre outros, ignorando assim o ser das coisas em si (Ibidem: 74 -75).
Dizer que a essência do homem reside na sua ex-sistência, ou seja, no ser-do-mundo, isso não precisa que a conclusão daí decorrente seja de afirmar se o homem é um ser deste mundo ou do outro, no sentido teológico-metafísico (Ibidem: 76). Também da ex-sistência do homem não decorre nem se decide sobre a ‘existência de Deus’, ou mesmo da (im) possibilidade de deuses, o que mais ainda não traz razão que se designe por ateísmo a afirmação da ex-sistência.
“...Esta filosofia não decide, nem a favor, nem contra a existência de Deus. Ela permanece presa à indiferença. E tal indeferentismo, contudo, torna-se vítima no nihilismo” (Cfr. HEIDEGGER, M., 1945: 77),  conclui Heidegger, que não declara teísta ou ateísta no que refere a Deus.
No que se refere aos problemas metafísicos, os quais o pensar pretende superá-los, ainda bem pretenda, a grande dificuldade  a “pedra do sapato” – é, exactamente, a subjectividade na qual o homem se perde (Cfr. Ibidem: 79).
A Ética, para Heidegger não se distingue da (Ontologia). Ontologia pois pensa a verdade do ser, quando então a Ética é “aquele pensar que pensa a verdade do que como o elemento primordial do homem enquanto alguém que ex-siste” (Ibidem: 84), sendo por isso Ética originária. A coincidência da Ética como Ontologia é notável porque ambos, tanto um como outro pensar, pensam a verdade do ser.A esta Ética denomina-se Ética originária, e a esta Ontologia (não a Ontologia da Metafísica – de Kant), Ontologia fundamental. Portanto, “O pensar que questiona a verdade do ser e nisto determina o lugar essencial do homem, a partir do ser em direcção a ele, não é nem ética nem ontologia” (Ibidem: 85). E, observe-se que, este pensar, determinando a essência como ex-sistência da humanitas na verdade do ser, não é prático nem sequer teórico, todavia não passa do que podemos chamar, tão-somente, “lembrança do ser”, sendo que “não produz efeito” (Ibidem: 86) porque, como já se sabe, é apenas um pensar, este que “conduz a ex-sistência historial, isto é, a humanitas do homo humanus,  para o âmbito onde nasce o que é salutar” (Ibidem: 86-87). Com o bem, salutar, para o nosso filósofo, se manifesta o mal cuja essência reside na ruindade do ódio sem no entanto consistir na simples maldade do agir humano.
“Ambos, o bom e o ódio, somente podem desdobrar o seu ser, no seio do ser, na medida em que o próprio ser é o que está em conflito” (Ibidem: 87).
Referindo-se à prática normativa para o agir humano, quanto a elaboração de leis,  Heidegger sentencia que mais importante que qualquer fixação de regras é o homem encontrar o caminho para morar na verdade do ser. É somente esta habitação que garante a experiência o que pode ser sustentado e dar apoio. O apoio para todo o comportamento presenteia a verdade do ser. Sobre a verdade do ser, expressão muitas vezes usada pelo próprio Heidegger, distancia-se dos vários predecessores neste ponto do seu pensar.
O pensamento de Sartre apesar de ter alguns pontos de ligação ou semelhança  com o de Heidegger a exemplo da autenticidade de perceber a capacidde finita da vida, o “aventurar-se” na vida ao invés de auto-preservar-se com medo de se arriscar, a superação da mediocridade em busca de tornar-se melhor na própria autenticidade, o próprio Sartre assaz discorda grandemente do que Heidegger fala sobre a morte como possibilidade mais própria do “Dasein”.
Para  Sartre a morte não é possibilidade mas sim é “um limite absoluto de todas as possibilidade de uma pessoa” (COX, G., 2007: 196) e além disso, jamais alguém morre a sua própria morte porque ninguém pode experimentar a própria morte. Neste último ponto Wittgenstein (famoso) apadrinha Sartre, eis as suas palavras:
“A morte não é um evento na vida: não vivemos para experimentar a morte” (Ibidem: 196).
Nesta polémica, tanto Heidegger como Sartre ou Wittgenstein são concordes em aceitar a realidade da morte, todos sabem que o Dasein seja mortal, que hoje vive mas noutro dia – incerto, diga-se, há-de morrer. Queiram ou não uns aceitar Heidegger sabe o que diz ao afirmar que a morte é o “esgotar de todas as possibilidades” e que, alcançada a morte, o Dasein deixa de existir. A existência pressupõe uma escolha feita pelo próprio indivíduo cuja existência é constante transcendência.  
Os três: Heidegger, Sartre e Wittgenstein não podem esgotar tamanho problema filosófico que entre vários pensadores, entre as várias doutrinas não é consensual ainda hoje. Se a morte é ou não experienciada tal assunto não se pode esgotar de tratá-lo em quantas páginas! Para algumas explicações metafísicas nós experienciamo-la porque ela não é uma aniquilação mas sim um momento de transição, (COX, G.,2007: 196) ao que discorda  fenomenologia existencial segundo a qual se a morte é transição ela deixaria de ser morte, que é o fim da vida. No entanto, não sendo nosso dever por enquanto de concordar ou discordar e uma das doutrinas o certo é que quando se fala de morte todas se referem a mesma realidade, todas se referem a essa “ausência de vida” que portanto cada indivíduo perde a sua vida, não obstante, concordando com Sartre, conforme a ironia do destino não se saiba quanto é ao certo, enquanto se vive, o momento da morte (Ibidem: 197).


[1] Esta expressão é entendida pelo autor Denis Huisman como aquilo por meio do que os outros entes podem aceder ao Ser. Esse é o significado da expressão heideggeriana “Pastor do Ser”.   
[2]Ao usar tal expressão, Sartre pretende dizer que o homem não tem uma «natureza ou essência », mas que o que homem é, em verdade e melhor chega a ser, é «feitura» e «invenção» da sua absoluta liberdade (CORDON, J.; MARTINEZ, T., 1994: 130) 

1 comentário:

  1. Um dos poucos comentários bem intessantes sobre o Autor, disponivel na internet.
    Parabéns.

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