Seminário Teológico Interdiocesano S. Pio X Maputo
Mensagem dos seminaristas de teologia alusiva à despedida do reverendo Pe Júlio Pedro prefeito dos estudos.
Reverendíssimo Pe Rafael Baciano Sapato, digníssimo Reitor deste Seminário
Reverendo Pe Elpídeo Parruque, Director do Secretariado da Conferência Episcopal de Moçambique,
Reverendos Padres da equipa formadora
Prezados seminaristas
Reconhecemo-nos incapazes de expressar cabalmente no manuscrito a nossa imensa e profunda gratidão assegurando-lhe o nosso invariável desejo de que tenha tudo quanto merece pelo enérgico serviço que prestou neste Seminário durante 6 anos.
Não ignoramos que ofício académico é muito exigente. Implica, por um lado a relação com os docentes e, por outro, com os discentes. Reconhecemos que foi árduo o trabalho feito para encontrar docentes idóneos que nos formassem quer teológica quer humanamente. E o que somos hoje academicamente, sem querer exagerar, foi graças em parte à sua dedicação incansável. E isto justamente lhe mereceu o título de “motor-do seminário” pela Conferência Episcopal, na voz de Dom Jaime aquando da Missa de Abertura do ano académico e formativo neste Seminário.
Fomos realmente agraciados com a sua presença nesta casa. Permita-nos recordar algumas lições. Que os confessores estejam prontos para ouvirem a confissão dos fiéis, todas as vezes que a peçam racionalmente. Não banalizar os sacramentos, os sacramentos são preparados.
Comentando o Cânone 986 que fala da obrigatoriedade de os pastores providenciarem a confissão aos fiéis que lhe estão confiados; dizia: “É importante que os confessores estejam prontos para ouvir a confissão dos fiéis, todas as vezes que a peçam racionalmente”.
Pe. Júlio, a necessidade obrigatória de falar e o embaraço de nada ter para falar, são duas coisas capazes de tornar ridículo o que se pretende dizer. É chegada a sua hora de dizer como o Apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira permaneci fiel (…) a partir de agora, já me aguarda a merecida coroa” (2Tm 4,7-8). De certo, o homem é um ser que não tem em si mesmo com que se realizar plenamente, e que não pode receber essa realização senão de Deus. Assim, de vós aprendemos que o quotidiano é o ordinário com a grande teia de relações que constituem o existir humano, e que se concretiza na suma relação com Deus. Portanto, “mantende-vos firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestido a couraça da justiça e calçado os pés com a prontidão para anunciar o evangelho da Paz” (Ef 6,14-15) no novo ambiente em que estiverdes inserido.
Padre, em cada um de nós fica impressa a sua memorável recordação, os seus dotes, o seu modo de ser e agir, em suma tudo o que de vós recebemos durante os anos da nossa formação a partir do Seminário Santo Agostinho da Matola como nosso mestre de Filosofia de direito e cá como Docente de Direito Canónico, Prefeito dos Estudos e Formador. Que Deus vos recompense cem vezes mais por tudo, porque só Ele sabe fazê-lo.
Maputo, 2 de Março de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
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