sexta-feira, 8 de abril de 2011

OS MACONDES

As suas típicas esculturas de ébano e as máscaras recordam a arte moderna europeia: o cubismo e o expressionismo.

O nome deste povo é o de uma vasta meseta cortada pelo vale do rio Rovuma, que faz fronteira entre Moçambique e a Tanzania. Pouco sabemos sobre as suas origens. Julga-se que provêm da região do Lago Niassa (Malawi). São cerca de 500 mil, dos quais 325 mil vivem na Tanzania e 175 mil em Moçambique.

A estatura média é de 161 centímetros. A presença de alguns traços pigmeus faz pensar que os macondes podem ter absorvido grupos de pigmeus ao longo da sua história. São hospitaleiros, generosos e pacíficos, relativamente ao que comummente se diz deles.

Este povo teve que se refugiar na meseta para poder sobreviver, ao ser ameaçado pelas incursões dos zulus, dos traficantes de escravos árabes e africanos. É um povo de artistas, músicos e bailarinos.

Na sociedade maconde, assim como na macua bem como entre outras sociedades, pratica-se a poligamia. Um homem pode ter até dez mulheres: cada uma aumenta a capacidade de trabalho e a riqueza da família, dado que são as mulheres que cultivam os campos. A preparação dos alimentos e a busca da lenha também são tarefas da mulher. A dieta alimentar é à base de farinha de milho, maís ou mendioca. Por ocasiões festivas, matam uma galinha, uma cabra ou um porco.

As crianças nascem num ambiente de segurança, confiança e harmonia. Até aos quatro ou cinco anos estão sempre em contacto com o calor do corpo materno, permanecendo todo o tempo junto da mãe.

Os primeiros exploradores da meseta maconde notaram duas características nos seus habitantes: as tatuagens e os discos labiais. As tatuagens no rosto, tórax, abdómen, coxas e ombros, geralmente, são geométricas ou representam figuras naturais estilizadas, como a aranha, o lagardo ou o crocodilo. Os discos labiais eram comuns tanto a homens como a mulheres.

As danças são umas vezes de carácter ritual, em que predominam os movimentos rápidos; outras são meros números acrobáticos. A mais popular é a dança executada com a máscara mapiko, uma máscara que representa um antepassado e que tem em relevo todas as tatuagens características dos macondes. Na festa da iniciação, a dança dura onze horas e os bailarinos pintam o seu corpo com pontos brancos colocados simetricamente.

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