terça-feira, 26 de abril de 2011

Os valores existencialistas
A vida antes de ser vivida ela não é nada, ou seja, «a vida não tem sentido a priori(op. cit.: 228), assim como não há valores antes nem depois da vida do homem depende  dele dar a vida o seu sentido. E o valor não é outra coisa senão esse sentido que o homem tiver escolhido. Por esta mesma razão, o homem tem a possibilidade de criar uma nova comunidade humana.

O existencialismo não pode ser refúgio para os que procuram o escândalo, a inconsequência e a desordem, pois não defende o abandono da moral, mas a coloca em seu devido lugar: na responsabilidade individual de cada pessoa. Deste modo o Sartre reconhece a possibilidade de uma moral laica em que os valores humanos existem sem a necessidade da existência de Deus. Também pretende que as escolhas morais não são determinadas pelo medo da punição divina, mas pela consciência da liberdade.

O humanismo clássico pode ser entendido como uma teoria que toma o homem como fim e como valor superior. Dá valores ao homem segundo os actos mais elevados de certos homens, ou seja, os méritos de alguns são atribuídos a todos homens. Portanto, emitem um juízo sobre o homem. Também não podemos render culto a uma humanidade porque conduz ao humanismo fechado em si mesmo. Ora, o existencialismo nunca tomará o homem como fim, justamente porque ele está sempre por fazer, está sendo.

O humanismo transcendente
«O homem está constantemente fora de si mesmo, é projectando-se e perdendo-se fora de si que ele faz existir outro homem e, por outro lado, é perseguindo fins transcendentes que ele pode existir. Assim sendo, ele como homem que transcende e não se apodera dos objectos, senão em referência a esta superação ele vive no coração, no centro desta superação»(op. cit.:233).

O humanismo existencialista sustenta que não há outro universo senão o universo humano, universo da subjectividade humana. É a esta ligação de transcendência que é constituinte do homem, quer dizer, não no sentido de que Deus é transcendente, mas no sentido de superação e da subjectividade, no sentido de que o homem não está fechado em si mesmo, mas presente num universo humano (op. cit.: 234). Só se realiza na sua condição de homem.

Porquê humanismo?
 Porque recordamos ao homem que além dele próprio não há outro legislador e que é no abandono onde ele decidirá de si. A realização pessoal do homem não se realiza fora de si mesmo, quer dizer que o homem se realizará precisamente como ser humano.

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