segunda-feira, 2 de maio de 2011

UNÇÃO DOS DOENTES


1- Contexto Geral da Unção dos Doentes
É um sacramento pelo qual, mediante a unção com óleo benzido e a oração do sacerdote, é conferida ao doente a graça de Deus, para a sua saúde sobrenatural e da sua alma, se conveniente para o seu destino eterno, também a saúde do corpo[1]. Concílio do Vaticano Segundo, no Sacrossanctum Concilium 73, chamava a esse sacramento por extrema unção, mas actualmente chamam por unção dos doentes, para tornar clara que não se trata apenas de um sacramento para os que se encontram no último dia da sua vida, mas também para os cristão que começam a estar em perigo de morte, por doença ou à ruçar. Chamamos unção porque o sujeito e ungido com óleo sagrado

2-Elementos da Santa Unção
2.1-Matéria
É o azeite de oliveira benzido pelo bispo na missa crismal da quinta feira santa. Em caso de necessidade, é matéria apta qualquer outro óleo vegetal serve, porque em certas regiões há falta ou é difícil de conseguir o azeite. Embora seja o bispo que habitualmente benze o óleo usado na unção podem também fazê-lo aqueles que juridicamente se lhe equiparam, ou, em caso de necessidade, qualquer presbítero, dentro da celebração do sacramento[2]. As nossas liturgias provêm unções na fronte e nas mâos, portanto, são estas as unções exigidas para a licitude.



2.2-Forma
A forma do sacramento da unção é constituída pelas seguintes palavras prescritas pelo ritual e pronunciadas pelo sacerdote, por esta santa unção e pela sua puríssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxilio com a graça do Espírito Santo, para que liberto dos teus pecados, Ele te salve e na sua bondade, alivie os teus sofrimentos Estas palavras determinam o sentido de que se faz, a fim de, juntamente com a Unção se exprime o significado do rito, se realiza um sinal sacramental e se produz a graça.

3-Aspecto Teológico da Unção dos Doentes
S. Tomás de Aquino, fala da unção dos doentes como uma preparação para entrar na glória, Cristo institui um sacramento, a fim de concluir em nós a sua obra de purificação, sustentar os seus até ao fim, arrancá-los à influência invisível do demónio e introduzi-los sem demora na casa do Pai[3]. A Unção é o sacramento de partida, onde encontramos o sacerdote, in persona Christi, em vez de Cristo. Sendo assim encontramos cincos efeitos da Unção são:
-aumento da graça santificante
-graça sacramental especifica
-saúde do corpo, quando for conveniente à salvação da alma
-perdão dos pecados veniais e desaparecimento dos vestígios do pecados
-indirectamente, pode produzir o efeito de perdoar os pecados mortais

3.1-Necessidade de Receber Este Sacramento
Este sacramento não é, por si mesmo necessário para à salvação da alma, mas a ninguém é licito menosprezar a sua recepção, e portanto deve se procurar com cuidado e diligência que os doentes o recebam enquanto estejam na plenitude das suas faculdades mentais. È obrigação de todo o cristão preparar- se do melhor modo possível para a morte, e os que o rodeiam, tem o dever que é grave de lhe dar a conhecer a sua situação de perigo, e de lhe sugerir a conveniência de receber este sacramento.
Deve ser administrado num momento prudente, nem demasiado cedo, nem demasiado tarde, importa agir com senso comum e caridade cristã. Daqui se segue que não se deve esperar pelo último momento para receber a Unção. porque, na iminência da morte, as faculdades estão debilitadas e não se obtêm o mesmo fruto, por faltarem as disposições. Ex. opere operantis, que aumentam a eficácia do sacramento. O ritual da unção dos doentes insiste em que não deve ser retardada, afim de que o enfermo,, com plena fé e devoção de espírito, possa robustecer se com a força do sacramento, em plena lucidez. «Porque a cura corporal não se produz milagrosamente, mas o fortalecimento do Espírito estimula o processo corporal de cura, ou Deus favorece esse processo  mediante um auxilio especial. Portanto, o estado do doente deve ser tal que ainda seja possível a cura de modo natural»[4]

4-Aspecto Jurídico
O cân 998, dá uma introdução do tema Unção dos doentes, onde da finalidade e determina a sua administração. Na finalidade encontramos os elementos que são usados para a sua administração, que são matéria e a forma, na matéria encontramos o óleo de oliveira, na falta deste, e no caso de necessidade pode ser óleo de origem vegetal, e a forma prescrita nos livros litúrgico.
O bispo segundo o seu múnus tem o direito de benzer o óleo da unção na falta dele pode benzer o óleo, aquele que tem a qualidade de bispo, por ex. Um recém-nomeado pela santa Sé para exercer essas funções de bispo. Enquanto no caso de necessidade pode ser um sacerdote, naquele momento em que está para ungir o doente (cân.999). A realização desta unção é necessário que haja muita atenção com as palavras e o modo previsto pelos livros litúrgicos reconhecidos pela Igreja. No caso de necessidade a unção pode ser feito em qualquer parte do corpo uma vez não esquecendo da fórmula pronunciada integralmente.
O normal para unção do doente o ministro deve usar a sua própria mão, mas no caso de uma gravidade o ministro tem o dever de usar outro instrumento para tal acto (cân.1000). Este cânon chama a consciência dos familiares dos doentes e ao ministro, para educarem o cristão de modo que tome com seriedade da natureza do sacramento, para que chegado o dia possam solicitar a unção no tempo oportuno e seja recebida com a plena fé e devoção espiritual (cân.1001). Para realização da unção deve-se obedecer as prescrições do bispo diocesano, porque ele e o modelo e vigilante de todas as celebrações, e o conteúdo e orientações dos critérios quase devem ter em conta com as prescrições referidas. Antes da sua celebração deve ser bem preparada, esta, celebração comunitária não seja prejuízo e seja administrada no caso de perigo de vida, antes desta haja uma preparação pastoral ao doente e aos participantes. A celebração deste sacramento deve ser num lugar digno e o bispo pode delegar o ministro para administrar a santa unção (cân.1002).
Administração da Unção do doente esta reservado só para os sacerdote, porque eles tem a obrigação e o direito de cura das almas dos fiéis que lhes estão encomendados. A eles que é válida a Unção dos doentes. Por causa da pastoral qualquer sacerdote pode administrar a Unção dos doentes, por consentimento ao menos presumido, e por sua vez ele pode levar consigo óleo benzido, isto no caso de necessidade (cân.1003). O sujeito do sacramento da Unção dos doentes deve ser aquele que atingiu a idade da razão, porque este já tem a capacidade de entender o que está a se passar e o que está a receber e poderá saber interpretar aquilo que recebeu, e por fim, aqueles que se encontra com uma saúde débil ou a envelhecer e em perigo de vida. Este sacramento deve ser administrado a todos os que sofrem de doenças perigosas (cân.1004). A Unção dos doentes não imprime carácter, e portanto pode ser repetido, tendo em conta os seguintes princípios:
1-que o doente, uma vez recobrado a saúde, novamente contraia doença grave,
2-Se, durante a mesma doença o perigo se torna cada vez mais grave.
A esses doentes tem a obrigação e o dever de repetir a unção. O sacramento da unção dos doentes deve ser administrada a todos aqueles que tem uso da razão, e mesmo no caso de dúvida o ministro pode administrar a unção aquele que estiver morto. E também por ter manifestado o desejo de receber a unção (cân.1005). Não administra a Unção a aqueles que mantêm a sua dentro do pecado (cân.1007).

5-Condições Para Receber a Unção do Doente
-estar baptizado
-Ter atingido uso da razão
-Ter intenção de receber este sacramento
-Encontrar se em perigo de morte por doença ou velhice
-Os velhos com forças debilitados podem receber a Unção e também as crianças.
Não deve receber a santa Unção todos aqueles que se encontram com corpo são, ainda que estejam em iminente perigo de morte por causa externa, por ex. soldado antes de entrar na batalha. Se duvidamos de que o doente ainda esteja vivo ou se a morte tiver sido muito recente deve se lhe administrar apesar de tudo (cân 1006).

6-Aspecto Pastoral da Santa Unção
 Pastoral mente o sacramento da santa Unção para a sua administração prepara-se antes, isto é informando quem de direito ou o ministro da ordem. A sua administração segue todo o ritual litúrgico prescrito pela Santa Sé, que é autoridade máxima da Igreja católica, o ministro começa por convidar aos participante a professar a sua fé, faz-se leitura da sagrada escritura e termina com o ritual final[5]. Na comunidade rural este sacramento não bem acolhido em parte por falta de esclarecimento e em outra parte a não credibilidade dos fiéis alegando que ele adianta a morte desta pessoa que se encontra doente.

7-Aspecto Culturais
Na sociedade em especial a minha cultura é difícil encontrar elemento que tem a ver com o sacramento da Santa Unção dos doente, mas existe uma maior preocupação do povo para desejar uma boa morte a este doente como sinal de Unção deste doente que se encontra mal. Se no caso alguém estiver doente no seio da família, para eles é uma coisa que tem por motivo a desobediência, de não cumprir com algo tradicional, para calmar o mal que está apertar a pessoa eles recorre aos tratamentos tradicional na qual poderá salvar a pessoa.

Conclusão
Para terminar tenho a dizer este sacramento é necessário para a vida de um cristão, porque exigem ao cristão a tomar consciência de que recebendo este sacramento é purificar-se e ao mesmo tempo o cristão é perdoado os seus pecados e daí descansará tranquilo na eternidade com a Pai.
Bibliografia
Sada R. e Monroy A., curso de teologia dos sacramentos, Ed. De Revistas, Setembro 1991, Lisboa
Suana, Eduardo M. introdução à cultura Teve, Reflexões sócio-culturais sobre o povo Teve, Em Manica, Matola, 1999
www. Sdplviseu.web.pt/Ritual/unçãodoentes.htm
Código De Direito Canónico, versão Portuguesa, 3ª edição revista, Lisboa


[1] Sada, R. e Monroy, A., curso Teologia dos Sacramentos, Setembro, 1991, pág. 135, Lisboa
[2] C. C. 999$2
[3] S. Th., III, q.66,1 ad.4
[4] Schmaus, M., Teologia Dogmática, VI, pág. 655
[5] www.sdpiviseu.web.pt/Ritualunçãodoentes.htm.

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