terça-feira, 25 de setembro de 2012

O CRISTIANISMO NOS REINOS DE CONGO E ANGOLA

INTRODUÇÃO


No presente trabalho vou falar do Cristianismo nos reinos do Congo e Angola. Sabe-se que entre os reinos cristãos africanos, o Congo tinha uma tradição cristã desde o fim do século XV (1491) e continuou de alguma maneira, até meados do século XIX, ou seja, até a chegada dos primeiros missionários da época moderna. «Os portugueses foram ao Congo porque precisavam de escravos para trocar por ouro, noutros lugares. Precisavam de metais, como cobre e prata» . Para além disso, chegar a Índia era o grande desejo dos portugueses, uma vez lá havia pimenta, canela e outras especiarias. E a pimenta era, na altura, o produto que dava mais dinheiro na Europa e o país que pudesse comerciar pimenta indo buscá-la da fonte (neste caso Índia), seria o país mais rico da Europa. Por isso, na abordagem deste trabalho vou obedecer o seguinte esquema: Introdução; 1. Noção do termo “cristianismo”; 2. O cristianismo no reino do Congo; 3. O cristianismo no reino de Angola; Conclusão; Bibliografia.


1. NOÇÃO DO TERMO “CRISTIANISMO”

Entende-se por cristianismo, o «conjunto das religiões cristãs (catolicismo, protestantismo e religiões ortodoxas orientais) que se baseiam na pessoa, na vida e na obra de Jesus Cristo» . Historicamente, teve a sua origem a partir de um grupo de discípulos vindo em sua maioria da Galileia, que seguiram Jesus e dele receberam a missão, confirmada pelo Espírito Santo. E «cristão é o nome dado pela primeira vez em Antioquia da Síria aos adeptos de Cristo (Act 11,26; cf. 26,28; 1Pd 4,16) e designa globalmente aqueles que professam a doutrina proclamada por Jesus Cristo» . Portanto, o livro dos Actos dos Apóstolos, narrando acontecimentos que provavelmente aconteceram entre os anos 29 e 63, revela os primeiros esforços de organização do cristianismo, tendo as igrejas por base principal. A ser assim, «os cristãos consideram-se uma nova raça, um novo povo escolhido, cuja cidadania no entanto está no Céu» .



2. O CRISTIANISMO NO REINO DO CONGO

O reino do Congo formou-se por volta do século XIII, quando «todas as tribos e todos os clãs do grupo Kikongo se reuniram à volta de um chefe chamado Wene ou Nimi a Lukeni e formaram o reino do Congo» . Ao Norte era limitado pelo rio Ogoue, no Gabão; ao Sul, pelo rio Kuanza, a Este, pelo rio Kuango, afluente do Zaire; a Oeste era banhado pelo Oceano Atlântico. Os primeiros portugueses chegaram ao Congo em 1482, comandados por Diogo Cão.



2.1. O Rei Afonso e o seu trabalho de Cristianização

2.1.1. Antecedentes históricos congoleses

Afonso, cujo nome tradicional era Mvemba Nzinga, era filho de Nzinga Nkuwu, primeiro rei do Congo conhecido historicamente, «a quem os portugueses saudaram como um “novo Constantino” e o “Apóstolo do Congo”» . E durante o seu reinado o cristianismo tornou-se a religião oficial do Congo, mantendo fortes contactos com Portugal. Desde Luanda, o antigo reino do Congo foi estendendo o seu poder aos pequenos reinos do rio Zaire (actual Cabinda).





2.1.2. Primeira evangelização

A história da cristianização começou quando em 1482, chegaram os primeiros portugueses na embocadura do rio Zaire. Vinham do oceano, onde segundo a crença dos bakongo viviam os seus antepassados de cor branca. E aqui surge uma questão: seriam estes homens brancos os mensageiros dos antepassados? Apesar da desconfiança mútua entre portugueses e africanos, o primeiro encontro oficial, em 1488, teve efeitos positivos. Os quatro reféns, levados a Portugal pelos portugueses, converteram-se, ao regresso ao país natal, nos primeiros evangelizadores do reino.

O rei Nzinga Nkuwu mandou outros jovens para que fossem instruídos e pediu missionários que chegaram em 1491. Estes encontraram o mani Soyo, o governador da província costeira, e o Manicongo preparados para receber o baptismo. Umas semanas depois da chegada dos missionários, o rei Nzinga Nkuwu e o seu filho, Mvemba Nzinga, conhecido desde este momento como Afonso, foram baptizados no dia 3 de Maio de 1491. Por ter sido baptizado o seu rei, o Congo passou a ser oficialmente cristão e permaneceu como tal durante séculos.



2.1.3. O reino cristão de Dom Afonso (1506 – 1543)

Um dos traços com que os congoleses se distinguiam foi «uma herança católica que datava do tempo de um dos seus reis, Afonso, no início do século XVI» . O elemento importantíssimo de coesão social entre os congoleses para uma boa adesão ao cristianismo residia no clã matrilinear, kanga. «Um ditado Congo dizia que quem deixava o seu clã era como “um gafanhoto que perdia as asas”, era alguém que ultrapassava os limites para além dos quais a segurança, a solidariedade e o afecto deixam de ser garantidos, sejam quais forem as circunstâncias» . Dom Afonso foi um cristão autêntico e, convencido que tudo dependia da fé cristã para ganhar os corações da sua gente, Dom Afonso pregava pessoalmente depois de cada missa, pedindo antes a bênção do sacerdote. Procurou pregadores profissionais e sacerdotes para propagar a nova religião, e fez chamadas contínuas, pedindo novos missionários.

A grande esperança de Dom Afonso era poder ter o seu próprio clero congolês. Para consegui-lo mandou vários grupos de jovens, seus parentes, a Lisboa, onde estudaram em várias casas religiosas. Formava parte do primeiro grupo (1506 ou 1508) o seu próprio filho Dom Henrique. Em 1518, o Papa Leão X nomeou a Henrique bispo, com o consentimento dos cardeais, mas não sem dificuldade. Pois, Henrique tinha então apenas 23 anos e o concílio de Latrão V tinha estabelecido que a idade mínima para o episcopado fosse 30 anos. Apenas por sérios motivos se podia dispensar de três anos. Por causa da situação especial da Igreja no Congo, o Papa permitiu que Henrique fosse consagrado bispo aos 26 anos. Foi ordenado sacerdote em 1520 e bispo em 1521.

Dom Henrique, primeiro bispo negro africano a sul do Sahara, foi recebido com grandes honras em Mbanza Congo e Afonso concedeu-lhe os impostos da província de Mpangu para o seu sustento. Durante os cem anos que seguiram a morte de Dom Afonso houve, por um lado, uma crescente ingerência dos portugueses nos assuntos do Congo, e, por outro lado, contínuos esforços do Manicongo para conseguir a dependência directa de Roma. Infelizmente, houve também um retorno à religião tradicional, sobretudo no que diz respeito à poligamia e a magia.

A causa primordial deste retrocesso foi a falta de sacerdotes. Um dos filhos e sucessores de Dom Afonso, Diogo I (1545 – 61) mandou duas embaixadas a Portugal para pedir sacerdotes, para restringir o monopólio comercial português e para tentar estabelecer contacto directo com Roma. Apenas conseguiu o primeiro objectivo: Lisboa mandou quatro jesuítas (1548) que receberam a missão de fundar um seminário. Os jesuítas começaram a trabalhar com grande entusiasmo. Publicaram o primeiro catecismo em língua kongo, mas foram expulsos por Diogo, em 1551, junto com o resto dos portugueses por se terem identificado excessivamente com os portugueses colaborando mesmo no comércio de escravos.

Os jesuítas foram a Angola e apenas voltaram a São Salvador (Congo) em 1620. Desta vez os jesuítas dirigiram um colégio, até ao fim do século, onde foi formado um número considerável de sacerdotes congoleses. Em 1596 foi erigida a diocese de São Salvador, desligando assim o Congo da diocese de São Tomé, e acrescentando Angola à sua jurisdição. Porém, o conselho português em Madrid conseguiu que a nova diocese ficasse dentro do padroado , como diocese sufragânea de Funchal (Madeira) e o bispo tinha de ser português.







2.2. A missão dos capuchinhos (1645 – 1835)

Além da persistência infatigável dos reis congoleses, o êxito final desta missão deveu-se sobretudo às negociações diplomáticas de Mons. J. B. Vives e ao estabelecimento da Congregação da Propaganda Fide em 1622. O apostolado de 440 capuchinhos entre 1645 e 1835 foi a maior empresa missionária da época. Em Maio de 1645 chegaram 12 capuchinhos ao porto de Mpinda, chefiados por um prefeito apostólico, padre Bonaventura d`Alessano e foram recebidos pelo rei Garcia II (1641 – 1661).



2.2.1. Esperança da independência eclesiástica frustrada

Em 1641, Garcia II mandou para Roma 2 missionários para pedir ao Papa três bispos e mais 40 sacerdotes. A Propaganda preparou imediatamente uma lista de 32 novos missionários, mas, mais uma vez, a obstinada resistência dos portugueses impediu a nomeação dos bispos, apoiando-se nos direitos do padroado. Os capuchinhos não se sentiam autorizados a erigir um seminário sem terem o seu próprio bispo. Por causa disso, a formação do clero indígena foi descuidada, sendo esta a causa principal da desintegração do cristianismo no Congo. Houve algumas tentativas de estabelecer a hierarquia, mas todas fracassaram.



2.2.2. Zelo missionário

No entanto os capuchinhos começaram a trabalhar com zelo até então desconhecido nos 150 anos de presença cristã no Congo. Geralmente tiveram protecção oficial da classe dirigente, embora muitos nobres não concordassem com as suas exigências de abandonar os fetiches e as concubinas. Os novos missionários encontraram o melhor apoio nos filhos dos nobres que eles prepararam como intérpretes, catequistas e mestres. Muitos deles chegaram a ser governadores e foram grandes defensores das cruzadas contra a idolatria e a poligamia. A sua contribuição foi vital para o ressurgimento religioso que teve lugar, de um modo especial, nas cidades de São Salvador e Mbanza Soyo.



2.2.3. Decadência do reino: regressão da missão

A fatídica batalha de Ambuila, em 1665, marcou o fim das antigas glórias do reino do Congo e o início de um período de 40 anos de caos. A metade dos missionários retiraram-se para Angola e apenas uma dezena residiram regularmente no Congo durante os 80 anos seguintes. Em 1709, a unificação do reino sob Pedro IV despertou algumas esperanças, embora o poder central fosse puramente nominal. O golpe fatal para todas as missões de África produziu-se em 1759, quando Aguiar de Pombal, anticlerical e poderoso ministro de Portugal, suprimiu os jesuítas e proibiu os missionários de sair de Lisboa. O último capuchinho abandonou Luanda em 1835, acompanhado pelo seu irmão congolês, frei Bernardo de São Salvador. Este foi o triste fim de 190 anos de presença e actividade missionária capuchinha no Congo.



2.2.4. O método missionário dos Capuchinhos

No seu processo de evangelização os capuchinhos seguiam as convicções religiosas da Europa cristã. E a mais básica defendia que «quem não for baptizado, não entra no reino dos Céus» . E foi justamente esta mentalidade que fez com que a primeira preocupação dos missionários fosse baptizar o maior número de pessoas possível, especialmente as crianças. E este baptismo de crianças inocentes mesmo sem garantia de educação cristã, o padre Zuchelli designava “o fruto mais consolador e significativo para a eterna salvação das almas”, pois, mais de 50% das crianças morria durante a infância.

Não seria justa acusar os capuchinhos de intolerância e de não seguirem as instruções dadas pela Propaganda, em 1659, sobre a adaptação às diferentes culturas e em relação às outras religiões. Os capuchinhos, de facto, substituíram muitos fetiches com os sacramentos ou ritos cristãos, com o rosário, cruzes e medalhas. Os capuchinhos também introduziram em África o crescente clericalismo da Igreja romana.



2.2.5. A vida religiosa sob o cuidado pastoral dos capuchinhos

Em conjunto os missionários capuchinhos italianos melhoraram a quantidade e qualidade da comunidade cristã congolesa. Diziam que à sua chegada uma quarta parte da população, isto é, por volta de 125000 pessoas eram católicas. Durante a época de evangelização dos capuchinhos aproximadamente a metade da povoação do Congo foi baptizada. Mas esta população estava distribuída de maneira muito irregular nas diferentes partes do reino. De facto, foi a classe dirigente imigrante, os mwisi Congo, a que massivamente aceitou o cristianismo. Moravam sobretudo nos centros urbanos, onde também moravam a maioria dos sacerdotes e onde era possível a educação. A reacção contra os protestantes holandeses é uma prova de enraizamento da fé cristã neste sector da sociedade. Os habitantes “nativos”, os kanda, moravam no campo, não tinham acesso à educação e, mesmo depois do baptismo, seguiam as crenças tradicionais.



Poligamia e superstição

Os capuchinhos fizeram grandes esforços para erradicar estas duas instituições tradicionais. Entre 1673 e 1701 celebraram-se cerca de 50100 matrimónios em todo país. No que diz respeito aos antepassados, os cristãos continuaram as suas práticas tradicionais, juntando aos seus antepassados os poderosos antepassados cristãos: Jesus, Maria e Santo António. O cristianismo era apenas um acréscimo ao seu mundo religioso. Os cristãos não viam a incompatibilidade de entre as duas religiões.



Os sacramentos

Para a gente comum o baptismo (popularmente designado por Kulia Mungwa, ou seja, comer sal e mais tarde os Capuchinhos deram o nome de Lusukulu Langwisi, isto é, a Santa Lavagem) que era o grande acontecimento. No seu modo dever, era algo parecido com a medicina tradicional e altamente apreciado. Os sacramentos de penitência e da eucaristia também eram celebrados frequentemente. Os cristãos da elite formavam associações piedosas (confraternidades) que tinham as suas actividades específicas (entre as quais, a reza do terço três vezes por semana, assistência à missa; e confissão uma por mê e respectiva comunhão).



Mestres e sacerdotes africanos

Os colaboradores mais preciosos dos sacerdotes eram os maestri, que não só eram mestre mas também intérpretes e catequistas. Escolhidos entre os filhos dos nobres, constituíam um laço vital entre os sacerdotes e o povo, contribuindo assim a fazer da religião estrangeira uma religião indígena. Os capuchinhos falharam na formação do clero indígena, embora sempre houvesse algum padre preparado pelos portugueses. O relacionamento entre os poucos sacerdotes locais e os capuchinhos não foi bom. Houve fricções entre ambos os grupos por questões de jurisdição, sobretudo em Luanda. Os maetri foram os que se esforçaram em levar o trabalho para a frente na ausência dos sacerdotes. Havia, porém, alguns sacerdotes africanos em São Salvador e outros vieram de outros lugares.

2.2.6. O encontro com a religião tradicional

O cristianismo nunca conseguiu suplantar os costumes e as religiões tradicionais a não ser de modo fragmentário e apenas entre as classes dirigentes, os mwisi congo. A religião tradicional tinha uma tríplice conexão com o “outro mundo”: os antepassados, os espíritos celestes e os espíritos terrestres que estavam em conexão com o culto da fertilidade. Cristo era entendido como um grande chefe, chamado Mfumu Kristu; a sua mãe também era uma chefe e a invocação da sua intercessão enquadrava-se na linha do culto dos antepassados. Os congoleses percebiam alguns aspectos do culto cristão na perspectiva dos espíritos do céu.


3. O CRISTIANISMO NO REINO DE ANGOLA

3.1. O solo em que a Igreja foi implantada

O nome Angola teve origem na palavra jingola, em kimbundu, significando uma pequena peça de metal que se tornou num símbolo de autoridade política entre as linhagens kimbundu. Ngola foi posteriormente a palavra usada para significar um título real na região que se estendia entre Luanda e o planalto de Malanje à qual os portugueses chamavam Reino de Ngola. «O reino de Ngola formou-se no século XIV, um século depois do Congo» . Era limitado ao Norte, pelo rio Dante e terras de Ambuíla; ao Sul, pelo Planalto do Bié; a Leste, pela região de Kassange; e a Sudoeste, pela região de Kissama. A sua superfície «é de 1246700 km2, ou seja, para se fazer uma ideia mais perfeita da sua grandeza: catorze vezes a da Metrópole Portuguesa» .



3.2. Angola, colónia portuguesa e terra de escravos e o papel da Igreja católica e das Missões

Foi depois da fundação da cidade, em 1575, que o cristianismo se propagou no reino de Angola. A Igreja católica desempenhou um papel negativo ao longo da história da colonização portuguesa. Ela foi em larga medida o «auxiliar da colonização» . Pois, na fase activa de ocupação colonial, os missionários foram os braços espirituais do Governador, do Administrador, do Chefe do Posto. Não somente impuseram o cristianismo, uma religião cujos esquemas são muito diferentes dos tradicionais, mas também adulteraram a própria mensagem evangélica. O Evangelho interpretado pelos missionários portugueses não estava em conformidade com a própria mensagem de Cristo. O estabelecimento das escolas das missões foi uma obra de assimilação e colonização importante. Mais uma vez, o esforço missionário foi integrado na acção colonizadora portuguesa em que os missionários desempenhavam conscientemente o papel de colonizadores mentais dos indígenas. «Isto quer dizer que a Igreja, pela sua forma de ensino, ligando a sua mensagem à colonização, pregando a paciência, a fidelidade ao sistema colonial, preparava os traidores à causa nacional» .


3.3. A actividade dos jesuítas

Em 1570, quatro jesuítas foram residir na corte angolana, mas não conseguiram bons resultados. A ocupação militar portuguesa de 1576 deteriorou as relações dos missionários (brancos) com as autoridades locais. A maior contribuição dos jesuítas àquela altura foi a criação de aldeias cristãs indígenas nos grandes territórios entregues a eles pelo governador. Mais tarde teve lugar a ocupação holandesa de Luanda (1641 – 1647), que destruiu tudo o que tinha sido construído. Depois da conquista, continuou a actividade missionária esporádica por parte dos capuchinhos, já que os outros sacerdotes e os jesuítas preferiam ficar na cidade. A cidade de Luanda converteu-se no lugar mais bonito de África sob o control português. Quando o bispo de São Salvador se estabeleceu lá em 1620, Luanda passou a ser, de facto, a sede episcopal. Por volta de 1700, quatro congregações religiosas tinham comunidades na cidade: os jesuítas, os capuchinhos, os franciscanos e os carmelitas. Os escravos africanos e os homens livres eram todos cristãos e, como aconteceu no Congo, os mais fervorosos eram os membros das confraternidades. A maioria dos sacerdotes locais era mulata.



CONCLUSÃO

Chegado a este ponto é oportuno repensar o que foi abordado acima. Para isso, note-se que a implantação do cristianismo nos reinos do Congo e Angola esteve ligada com a chamada “corrida para África”. E este fenómeno fez com que os missionários colaborassem de certa maneira no comércio de escravos, contrariando assim a mensagem de Jesus Cristo. Por outro lado, verificou-se uma forte dificuldade em deixar a religião tradicional, mesmo depois de o povo fazer-se cristão: um fenómeno que se verifica mesmo na actualidade nas nossas sociedades africanas.


BIBLIOGRAFIA



AA. VV; Angola (Província de Portugal em África), Edição da Direcção dos serviços de economia, Luanda 1953.

AA. VV; História de Angola, Edições Afrontamento, Porto 1965.

BAUR, John; 2000 anos de Cristianismo em África, Edições Paulinas, Nairobi-Kenya 1994.

HENDERSON, Lawrence W. A Igreja em Angola, Editorial Além – Mar, Lisboa 1990.

MELO, António et al.; Colonialismo e lutas de libertação, Edições Afrontamento, Porto 1974.

PERETTO, E; Dicionário Patrístico e de Antiguidades cristãs, Editora Vozes, Petrópolis 2002.

SCHLESINGER, Hugo et PORTO Humberto; Dicionário Enciclopédico das religiões, Vol. I, Editorial Vozes, Petrópolis 1995.

2 comentários:

Ensinamento bíblico sobre a santidade

Ensinamento bíblico sobre a santidade A ideia da santidade não é exclusiva da Bíblia judeu-cristã mas, também se encontra em diversas c...